Embora a psicologia
clínica e a neuropsicologia sejam abordagens que compartilham muitas áreas,
é necessário saber quais diferenças existem entre elas. De fato, essa é
precisamente a chave para identificar como e por que elas se complementam.
A psicologia é uma ciência que surgiu com a necessidade
de conhecer e entender o ser humano. Com o passar do tempo, várias
especialidades foram desenvolvidas, as quais foram crescendo de acordo com a
área de estudo em que se concentram. É nesse contexto que falamos sobre a
diferença entre a psicologia clínica e a
neuropsicologia.
Com o surgimento de diferentes abordagens, a
especialização e o número de perguntas que enfrentamos também aumentaram.
Portanto, este artigo tentará mostrar a diferença entre a psicologia clínica e
a neuropsicologia.
Psicologia
clinica
Muitos consideram que a psicologia clínica surgiu em 1896
pelas mãos de Lightner Witmer, quando ele fundou a primeira clínica de
psicologia. Esse novo ramo foi consolidado com a fundação da associação
psicológica americana, agora conhecida como APA.
Inicialmente, o objetivo
da psicologia clínica era procurar
traços ou fatores internos que levassem
as pessoas a desenvolver uma condição psicopatológica. Ela fazia isso estudando
não apenas sua própria condição, mas também os fatores que controlam e intervêm
nesse tipo de comportamento.
Seguindo essa linha, essa abordagem da psicologia surgiu
como um estudo do “anormal” e, portanto, seu campo de ação foi desenvolvido com
base na explicação e no tratamento do que está afetado.
Com o passar do tempo, não só a recuperação começou a ter
protagonismo, mas também a prevenção do desenvolvimento de doenças mentais. Por
isso, começou o trabalho em técnicas para evitar o desenvolvimento de
patologias através da transmissão de hábitos mentais saudáveis.
Da mesma forma, começou a ser implementado o que é
conhecido como “terapia de aconselhamento”. Nesta, as pessoas são ensinadas a
resolver seus problemas efetivamente, dando destaque a situações que podem
surgir em suas vidas diárias. Como resultado, o apoio emocional começa.
Neuropsicologia
A
neuropsicologia surgiu formalmente no início do século XX
das mãos de A. R. Luria. Em suas pesquisas, ele desenvolveu técnicas para
estudar o comportamento de pessoas com algum tipo de lesão no sistema nervoso
central.
Esses estudos permitiram que os neurologistas tivessem
dados suficientes para localizar o lugar e a extensão da lesão, encontrando o
melhor procedimento para a intervenção.
Com esse princípio, seu trabalho se concentra em pessoas
que apresentam algum dano cerebral, resultando em uma alteração nas funções cognitivas. Portanto, essa
abordagem tem como objetivo a avaliação e reabilitação das funções cognitivas e
comportamentais. Atualmente, não se trabalha apenas com pessoas que sofreram
danos, mas também com crianças que apresentam dificuldades no desenvolvimento
neuronal.
Qual
é a diferença entre a psicologia clínica e a neuropsicologia na área clínica?
Em essência, a psicologia clínica trabalha para o
diagnóstico e tratamento de transtornos emocionais, de personalidade e
problemas comportamentais. Portanto, é responsável por trabalhar problemas como
a depressão, a ansiedade, entre outros. Da mesma forma, pode fornecer
ferramentas de gerenciamento para transtornos comportamentais, como a
hiperatividade.
No
campo da prevenção, a psicologia clínica é responsável por ensinar:
- Estratégias de enfrentamento diante de situações
complexas.
- Habilidades sociais.
- Compreensão e controle das emoções.
Tudo isso é feito para que a pessoa aprenda a se conhecer
e a desenvolver adequadamente esferas sociais e cognitivas. Como resultado,
poderá desenvolver uma melhor qualidade de vida.
A
diferença da psicologia clínica e da neuropsicologia é o papel que elas
desempenham no cenário clínico. Esta última é responsável
pelaavaliação do funcionamento cognitivo e emocional relacionado a alterações
cerebrais. Da mesma forma, desenvolve processos para a reabilitação de funções
superiores, para que a pessoa possa desenvolver autonomia e manter sua
qualidade de vida.
Portanto, o neuropsicólogo
geralmente se concentra em pessoas com problemas de memória, atenção,
praxias, gnosias, linguagem e funções executivas. Da mesma forma, são
trabalhados aspectos cognitivos relacionados a doenças mentais, como
esquizofrenia ou transtorno obsessivo compulsivo.
Entre os objetivos da reabilitação, está tanto a
recuperação daquele que sofreu dano quanto o estímulo das funções para que se
desenvolvam adequadamente. Da mesma forma, devem ser encontradas estratégias
para compensar as funções que não podem ser recuperadas.
Na
pesquisa, qual é a diferença entre a psicologia clínica e a neuropsicologia?
Atualmente, uma das linhas de pesquisa da psicologia
clínica concentra-se no aprofundamento e entendimento de transtornos
psicopatológicos. Faz isso para encontrar as diferenças entre as pessoas que
têm comportamentos de acordo com o que a sociedade pede e as que não têm.
Da mesma forma, tenta entender e teorizar de maneira mais
profunda o desenvolvimento pessoal dos indivíduos. Portanto, seu estudo é
direcionado a fatores que podem predispor a pessoa a desenvolver um distúrbio
emocional.
Outra abordagem da pesquisa é a psicoterapia. Nesse caso, querem encontrar ferramentas para
melhorar sua forma de diagnosticar e tratar transtornos emocionais. Como
consequência, desejam desenvolver ferramentas mais precisas e adaptadas para
cada um dos transtornos.
Em contraste, a neuropsicologia
concentra suas pesquisas em diferentes aspectos. Por um lado, estão começando a
trabalhar lado a lado com a neurociência
cognitiva, com a finalidade de entender o papel das funções cognitivas
superiores no desenvolvimento de patologias
psiquiátricas e psicológicas. Também se destina a ajudar a desenvolver
estratégias para uma recuperação mais eficaz desses transtornos.
Além disso, as explorações se concentraram em entender as
consequências que as pessoas têm por apresentar dificuldades no
neurodesenvolvimento. Assim, o estudo concentra-se em patologias que
demonstraram estar associadas a dificuldades no desenvolvimento do cérebro,
como autismo e TDAH.
Finalmente, a reabilitação neuropsicológica também está
em seu foco de interesse. Aqui, querem integrar cada vez mais as ferramentas
tecnológicas para uma melhor adaptação das terapias à realidade. Com isso,
pretende-se melhorar os resultados, pois as atividades podem ser desenvolvidas
muito mais próximas do cotidiano do paciente.
Conclusão
É importante esclarecer que essas duas especialidades,
apesar de diferentes,são complementares tanto na prática clínica quanto na pesquisa.
Um diagnóstico adequado e tratamento de qualquer tipo de doença psicológica ou neuropsicológica deve incluir a perspectiva
das duas especialidades. Ou seja, se complementam para alcançar o objetivo de
dar autonomia e qualidade de vida à pessoa.
Mesmo assim, existem diferenças entre a psicologia
clínica e a neuropsicologia. É preciso entender que cada umm delas é
especializada em diferentes contextos clínicos. Ou seja, uma é responsável
pelos transtornos emocionais e comportamentais e a outra se concentra nos
déficits cognitivos e nos danos cerebrais.
Por fim, a pesquisa segue caminhos diferentes, focando em
aspectos relevantes para cada uma delas. Mesmo assim, os avanços nos dois
setores ajudarão a encontrar melhores ferramentas ou explicações para vários
aspectos relacionados à saúde mental.
______________________________________________________________________________
O Leblon pré-novelas do Manuel Carlos.
Contos e crônicas
Contos e crônicas
O cotidiano do bairro.
Clipper, Pizzaria Guanabara,
BB Lanches, Jobi, Bracarense e
outros lugares tradicionais do Leblon
são os palcos dessas histórias.
outros lugares tradicionais do Leblon
são os palcos dessas histórias.
A Casa Encantada
Contos do Leblon
Edmir Saint-Clair
_____________________________________________________________
________________________________________
________________________________________
Nenhum comentário:
Postar um comentário