Para aqueles que acreditam que a famosa pergunta
"Você quer se casar comigo?" vai acabar desaparecendo, expomos alguns
dados que mostram que o casamento não vai desaparecer, por mais que enfrente
mudanças muito profundas.
O
casamento não está em queda, só está atrasado. É
isso que as estatísticas e alguns especialistas que investigaram a relação
entre os millennials e o casamento concluíram.
As
novas gerações não ignoram a ideia/vontade de se casar, só mudaram como e
quando fazem isso. Os casais de millennials acreditam no
casamento, mas consideram que uma média de seis anos de relacionamento antes de
se casar é a adequada.
A
geração anterior a estes jovens já havia começado a aumentar a duração deste
período, e este número parece estar em alta. Este tempo
necessário para conhecer a si mesmo e ao parceiro parece estar se transformando
em uma das garantias prévias ao casamento.
No
fim das contas, muitos millennials são filhos de pais divorciados;
talvez eles queiram ter certeza de que não terão que passar por isso em seus
próprios casamentos. A questão financeira também parece ter um peso fundamental
na decisão de se comprometer e se casar.
Os
jovens querem desenvolver suas carreiras profissionais antes de formar uma
família. Há quem diga que essa é uma postura egoísta, mas a
verdade é que é uma forma bastante responsável de trazer seus futuros filhos a
um mundo cada vez mais competitivo para as crianças e seus pais.
O
que as estatísticas dizem sobre os millennials e o casamento?
Basicamente, o que as estatísticas publicadas pelo New
York Times dizem é que os jovens estão esperando mais tempo antes de se casar.
Nos Estados Unidos, em 2018, a média de idade para se casar foi de 30 anos para
os homens e de 28 anos para as mulheres.
Também
mostram que a porcentagem de pessoas que decidem se casar caiu quase 25% entre
os jovens desde os anos 70.
Ao contrário do que acontecia há algumas décadas, os
casais de jovens levam mais tempo para consolidar o relacionamento ou decidem
viver juntos por um tempo antes de se casar.
As estatísticas também dizem que a maioria das pessoas
que ganham menos de U$30.000,00 por ano consideram que sua situação financeira
é o que mais as atrapalha na hora de tomar a decisão de se comprometer
sentimentalmente.
A
realidade é melhor do que parece
Embora as estatísticas possam ser devastadoras, uma
segunda leitura com um pouco mais de profundidade pode nos revelar mudanças
profundas, mas também mais responsáveis na relação entre os jovens millennials
e o casamento.
De acordo com a pesquisadora Stephanie Coontz, quando os jovens millennials alcançarem a meia
idade, 80% deles terão se casado. Este percentual é semelhante ao observado 50
anos atrás, apesar da idade em que o casamento ocorre ter mudado.
Mulheres
millennials e casamento
Um dos fatores que talvez esteja influenciando de forma
decisiva este aspecto seja a mudança importantíssima de papeis que as mulheres
consolidaram nas últimas décadas. Ao contrário de suas mães e avós, esta
geração de jovens mulheres não cresceu sendo educada para o casamento.
As
mulheres estão, pela primeira vez na história, trocando o casamento como
propósito de vida por casamentos de qualidade.
Ou seja, contrair matrimônio
não é mais o objetivo principal das mulheres, e quando elas decidem dar este
passo, buscam parceiros que lhes garantam casamentos mais felizes e duradouros.
Por outro lado, o casamento deixou de ser o ponto de
inflexão que marca o que é uma relação séria para a sociedade.
Uniões
de maior qualidade
Para os que julgam rapidamente e consideram tudo isso uma
falta de propósito, segue um dado interessante: os casamentos dos millennials
parecem ter uma maior qualidade, embora eles se casem com menos frequência.
Entre 2008 e 2016, o índice de divórcio caiu 18%. Estes
são os dados fornecidos por outro estudo realizado, desta vez, por Phillip
Cohen, da Universidade de Maryland. O autor do estudo concluiu que os
millennials estão adotando critérios cada vez mais seletivos quanto ao
casamento.
Seu objetivo é diferenciar entre relações românticas e
matrimônios, que nem sempre são iguais. Eles buscam uma maior estabilidade com
seus parceiros, uma convivência mais gratificante e uma interdependência
econômica.
Nós estamos enfrentando mudanças culturais e sociais de
grande escala. A instituição do casamento não está perdendo seu valor entre os
jovens, mas está sendo revisada e começando a ser avaliada de outra forma.
Fonte: site A mente é maravilhosa
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