Resolvi adotar Spotify tem pouco tempo. Antes, usava o
velho método de fazer playlists manualmente. Para quem já gravou “seleção de
músicas” em fita cassete, isso é mole. Uns cliques e está tudo resolvido. Na era
dos cassetes, gravar uma fita cassete só com músicas selecionadas gastava uma
tarde inteira. Isso, se já estivesse com todos os Discos (vinil) selecionados.
Mesmo com todo cuidado na escolha, era certo que sempre tinha no mínimo uma que
a gente se arrependia de ter colocado. Tinha as fitas gravadas especialmente e
dadas de presente com trezenas intenções.
Teve uma época bem legal, que rolou uma certa moda de
trocar fitas entre amigos. Uma época legal. Sempre penso que a coisa não
vingou como tradição porque algum espírito de porco deve ter corrompido a
brincadeira. Muita coisa se corrompeu da década de 80 pra cá.
Acertar o gosto musical de alguém não é tarefa fácil. Tem
muito sertanejo com cara de rock’n roll. E vice versa.
Por isso, nas primeiras 24 horas de uso do Spotify eu tomei um certo susto. Baixei, fiz minha conta, entrei e fiz a primeira busca “Earl Klug”. Uma maravilha, todos os álbuns dele, mais de 30, á disposição. Selecionei alguns e play na lista.
Por isso, nas primeiras 24 horas de uso do Spotify eu tomei um certo susto. Baixei, fiz minha conta, entrei e fiz a primeira busca “Earl Klug”. Uma maravilha, todos os álbuns dele, mais de 30, á disposição. Selecionei alguns e play na lista.
Gosto de escrever ouvindo música, só instrumental. No dia
seguinte, liguei o note, acessei os programas com os quais trabalho e o Spotify.
Quase ao anoitecer, reparei que as músicas que estavam tocando, há já algum
tempo, não eram do Earl Klug. Eram de diversos outros artistas. E eu gostava
não só de todos, como de todas as músicas também! Me dei conta que o Spotify me
STALKIOU
e agora sabe exatamente o meu gosto musical. Em menos de 24 horas.
Nesse tempo, estão sendo capazes de tocar, ininterruptamente, só músicas que
gosto. E, não tenho um gosto musical muito comum. Só ouço smooth jazz instrumental.
Estou impressionado como a tecnologia está avançando tão rapidamente. E, como é
fácil traçar o perfil de alguém através da web net.
Acabei de ler um livro que trata desse assunto de forma romanceada, numa realidade fictícia em
que os computadores começam a ter seus primeiros lampejos de “consciência”.
Sou um ser humano pré-informática e que, depois que ela chegou, um dependente total. Não sobrevivo sem usar pelos menos uns 5/6 programas diferentes por dia. Por isso, sou maravilhado
com essa evolução e assustado, ao mesmo tempo, com a perda de privacidade para a qual essa experiência com o Spotify me despertou.
Obs: Indico muito o Spotify! Realmente, é sensacional. Tudo não mão, aliás,
nos ouvidos.
__________________________
Nenhum comentário:
Postar um comentário