google.com, pub-7436220793694599, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Cult Mente: ELA PENSOU QUE ESTAVA SENDO ATACADA POR UMA BALEIA JUBARTE – DEPOIS PERCEBE O QUE REALMENTE ESTAVA ACONTECENDO

ELA PENSOU QUE ESTAVA SENDO ATACADA POR UMA BALEIA JUBARTE – DEPOIS PERCEBE O QUE REALMENTE ESTAVA ACONTECENDO

Apesar de seu imenso tamanho, 
as baleias estão entre as mais misteriosas 
e menos compreendidas criaturas na Terra.

A junção de seu tamanho gigantesco e seu comportamento gentil e sereno é fascinante para nós, humanos – mas apesar da nossa contínua fascinação por esses carismáticos mamíferos marinhos, ainda temos muito a aprender sobre seu comportamento e biologia.

Nas Ilhas Cook do Pacífico Sul, um encontro tenso que uma experiente bióloga marinha teve com uma baleia jubarte serve para demonstrar o quanto ainda temos que aprender sobre esses gigantes gentis - e causou ondas de choque em toda a comunidade científica com sua atitude.

Nan Daeschler Hauser 
É uma bióloga marinha de 63 anos que fez de sua vida o trabalho de estudar, pesquisar e ajudar as baleias.

Nascida no Maine, Nan Daeschler Hauser percorreu o mundo durante as últimas três décadas em uma missão para documentar e salvar o máximo de baleias possível, lutando por seus direitos e proteção.

Uma das vantagens dessa linha de trabalho é nadar com baleias regularmente - mas, embora ela estivesse acostumada a estar ao lado desses gigantes aquáticos, nenhuma experiência poderia tê-la preparado para o que aconteceria em um mergulho de rotina em setembro de 2017.

O Pacífico Sul

Em 2017, Nan Hauser trabalhava no Pacífico Sul. Ela montou sua base na maior das Ilhas Cook, Rarotonga.

As Ilhas Cook são uma das maiores histórias de sucesso de Nan, pois, ao longo dos anos, conseguiu fazer petição e transformar todos os 772.000 quilômetros quadrados das águas territoriais do país em um santuário para os animais marinhos.

Ela também montou o Centro de Pesquisa e Conservação de Ceara em Rarotonga, e em 2001, as Ilhas Cook declararam que o santuário de baleias se estenderia por 200 milhas náuticas em cada direção a partir de suas costas.

Esta é uma enorme parte do oceano, e se as baleias pudessem agradecer a alguém, essa pessoa seria Nan. E em 2017, uma baleia encontrou uma maneira de fazer isso.

Uma rotina de nado
No final do verão de 2017, Nan estava nadando ao largo da costa de Rarotonga, acompanhada por uma embarcação de pesquisa e sendo observada por seus colegas, que a seguiam através de um drone.

Usando uma câmera à prova d'água, Nan estava documentando o nado perto de um pequeno grupo de baleias jubarte.

Enquanto ela filmava, uma grande baleia jubarte, pesando mais de 23 toneladas e medindo pelo menos 50 pés de comprimento, começou a nadar em direção a ela.

Nan sabia muito bem que isso não era um comportamento normal.

Comportamento Estranho
Normalmente, quando se está nadando com baleias, Nan é quem costuma se aproximar para observar melhor o seu comportamento – e não o contrário, mas dessa vez algo diferente aconteceu. A enorme baleia estava nadando rapidamente em direção à ela e, quando se aproximou, Nan percebeu que ela não conseguiria sair do lugar.

Não tinha como ser mais rápida do que a baleia.
Ainda gravando tudo, Nan focou as lentes da câmera na baleia para documentar a abordagem frontal. Ela não sabia o que estava acontecendo, mas ainda não estava muito preocupada.

Em pouco tempo, isso iria mudar.

Alguma coisa estava muito errada
Se uma pessoa pode ser considerada especialista em nadar com baleias, essa pessoa é a Nan. É uma grande parte do seu trabalho e algo que ela fez mais vezes do que a maioria das pessoas na Terra; centenas, se não milhares de vezes ao longo de sua carreira como conservadora e bióloga marinha.

Então, quando ela estava perplexa com o comportamento da baleia e ela sabia que estava em apuros.

Quanto mais perto a baleia ficava, mais claro ficava que algo estava errado.

As baleias costumam nadar para longe dos seres humanos, ignorando-as da melhor maneira que conseguem - mas essa baleia claramente tinha os olhos fixos nela e nadava na direção dela em linha reta e muito rapidamente.

Ela não parou - nem mesmo depois que ela bateu em seu corpo e a prendeu com sua cabeça.
Nan ficou presa.

A luta pela própria vida
Enquanto Nan tentava fugir, a baleia continuou a bater nela, empurrando-a para cada vez mais longe do barco.

Nan tentou ir para um lado e depois para o outro, mas a baleia simplesmente não estava disposta a desistir. Ela estava desamparada.

Apesar de seus anos e anos de trabalho com baleias, nunca ouvira falar de algo nem remotamente parecido com isso, e muito menos vivenciara esse tipo de comportamento - não que ela tivesse muito tempo para pensar sobre isso naquela situação. A baleia aparentemente não tinha consciência de sua própria força e, mesmo que não tentasse ferir Nan diretamente, a força de seus movimentos foi suficiente para causar ferimentos graves.

A força de uma baleia
Nan é especialista em baleias. Enquanto a baleia continuava a empurrá-la através da água, ela percebeu que tipo de efeito um movimento errado ou um empurrão excepcionalmente forte poderia ter em seu corpo.

Um ataque moderado de uma baleia jubarte tinha o potencial de quebrar ossos e danificar seus órgãos internos… e isso era apenas se a baleia continuasse com seu comportamento atual.

Mas havia outra coisa que a baleia poderia fazer que Nan e que deixava Nan com muito medo.

Cuidado com as laterais
Enquanto Nan estava sendo empurrada pela cabeça da baleia, ela sabia que um movimento errado poderia colocá-la ao alcance de outras áreas muito mais perigosas e musculosas; suas nadadeiras e cauda.

As baleias jubarte não são conhecidas pelo comportamento agressivo, mas são, no entanto, animais extremamente poderosos - e mesmo um movimento errado, um ataque não intencional por uma barbatana ou cauda, poderia deixar Nan inconsciente e ela poderia se afogar.

Mas quando Nan percebeu o quão séria era a situação, ela viu uma esperança.
Aos poucos, ela começava a formular um plano.

Mantendo a calma
Ficar perto da cabeça da baleia era a área mais segura que ela poderia estar, uma vez que as baleias jubarte não têm dentes, mas uma espécia de gengivas moles na boca.

Ainda assim, Nan sabia que tinha que se distanciar da baleia o máximo possível, o quanto antes.

Para fazer isso, Nan precisava ficar tão calma e controlada quanto possível. Se a baleia sentisse alguma mudança em seu comportamento, ela poderia mudar o seu e ficar mais agressiva - o que era algo que ela não estava disposta a arriscar.

Uma experiência horripilante
Todo mundo que conhece Nan sabe que ela tem medo de aranhas. Ela gosta de brincar que, mesmo ficando aterrorizada com um animal pequeno e delicado que ela pode simplesmente varrer, não tem medo de nadar com enormes e poderosas criaturas do mar que poderiam facilmente esmagá-la se tivessem quisessem fazer isso.

Ainda assim, neste momento, presa na cabeça de uma baleia jubarte, Nan ficou horrorizada.

Tudo o que ela sabia sobre o comportamento das baleias dizia a ela que o que ela estava experimentando não deveria estar acontecendo - mas ela estava sozinha.. seus amigos no barco conseguiram ver que algo estrava errado? Eles conseguiriam ajudar?

Gravação
Apesar da situação extremamente complicada em que ela se encontrara, Nan decidiu continuar a documentar e fotografar a baleia enquanto tentava escapar.

Enquanto sua câmera continuava gravando os eventos, Nan ficou aterrorizada com a ideia de que ela poderia estar documentando sua própria morte.

De volta ao navio de pesquisa, os amigos e a equipe de Nan estavam acompanhando o evento preocupante com a ajuda de seu drone. Eles poderiam dizer que algo estava errado, mas foram incapazes de ajudar. Tudo o que eles podiam fazer era assistir - e orar.

Espectadora Inocente
Nan não era a única pessoa na água quando a baleia decidiu chegar mais perto.

Seu parceiro de mergulho, no entanto, não era tão experiente quanto ela, e não compartilhava o mesmo entendimento do comportamento das baleias. Eles não perceberam que algo estava errado, e Nan, que estava tentando manter seus movimentos calmos, não conseguiu comunicar que precisava de ajuda.

Mas mesmo que ela pudesse, o segundo mergulhador não teria sido capaz de ajudar.
Nan estava sozinha.

Nenhum sinal de que a baleia a soltaria
A baleia que estava com Nan continuou a empurrá-la para mais e mais longe. Uma distância se formava entre ela e seu navio de pesquisa, e logo Nan se encontraria no mar aberto.

É difícil explicar o quão incomum é esse tipo de comportamento. Normalmente, ao trabalhar com baleias, Nan nem sequer pensava em tocá-las - mas essa baleia não estava apenas se esbarrando nela - ele mantinha contato e a afastava deliberadamente de seu barco.

E para piorar as coisas - depois de um tempo, parecia que elas tinham companhia.

Outro imenso animal aquático começou a aparecer das profundezas.

Uma segunda baleia
Ao longe, Nan sabia que outra jubarte havia se juntado a elas.

As baleias jubarte são animais sociais, então ver outro animal enorme como a primeira nas proximidades não foi uma grande surpresa - mas enquanto essa baleia estava mantendo distância, seu comportamento, bem como a baleia que estava empurrando Nan, era muito incomum.

Nan poderia dizer que seu comportamento também era errático - mas ela simplesmente não conseguia entender por quê.

Agitação
Apesar da situação precária em que ela estava, Nan não pôde deixar de pensar no comportamento estranho da segunda baleia.

Ele ficava batendo na superfície da água com a cauda e, de vez em quando, atacava algo atrás dela.

Apesar de seus anos de experiência com a vida aquática, Nan não conseguia entender o que estava acontecendo.

Uma baleia a empurrava para o mar, enquanto a outra agia de maneira agitada.

O que estava acontecendo?

Ferimentos
Nan estava ficando muito machucada de toda a provação.

A baleia a empurrou por mais de dez minutos, e as cracas na pele raspavam seu corpo sempre que a baleia a tocava.

Não estava claro quais eram as intenções da baleia, mas se isso significava machucá-la, Nan estava claramente se ferindo seriamente.

Mas finalmente, algo mudou.

Ao observar o comportamento da segunda baleia jubarte, Nan finalmente entender o que estava acontecendo.

Sem conseguir sair
Durante a última meia hora, a baleia manteve Nan perto dela de todas as formas possíveis.

De repente, Nan percebeu qual era o objetivo. Ela conseguiu ver o porquê das baleias estarem agindo de forma tão estranha e realmente era uma situação que colocava em risto a sua vida.

Se ela quisesse viver, teria que fugir dali o mais rápido possível, mas a baleia jubarte não estava deixando isso acontecer.

Águas Predatórias
Ao longe, perto da segunda baleia, Nan finalmente pôde ver o que a estava fazendo a baleia atacar com sua cauda: um tubarão tigre.

Conhecido como o tubarão comedor de humanos, os tubarões-tigre são predadores perigosos e brutais - e este era muito maior do que a média, chegando a mais de 5 metros de comprimento.

De repente, Nan percebeu que as baleias não estavam atacando ela - elas estavam tentando protegê-la do perigoso predador.

Mas entender o comportamento das baleias não garantia sua segurança.

A vida de Nan ainda estava em perigo.

Tubarão-tigre
Quando as pessoas pensam em ataques de tubarão, a primeira imagem que geralmente vem à mente é a do tubarão branco - como o tubarão do filme Tubarão.

Mas, apesar de serem maiores e mais fortes que os tubarões-tigre, os ataques dos tubarões brancos são raros - e mais manejáveis.

Enquanto tubarões brancos geralmente dão uma grande mordida em suas presas e saem de perto, os tubarões-tigre são conhecidos por atacarem continuamente suas vítimas.

E Nan e seu amigo de mergulho estavam agora ao alcance de um tubarão-tigre especialmente grande.

Sabendo o que a baleia jubarte estava tentando mantê-la a salvo, Nan empurrou o mais forte que pôde longe da baleia, e fez um nado frenético para o barco.

Em segurança

Felizmente, Nan e seu amigo de mergulho conseguiram se afastar das baleias e chegar ao seu barco no último minuto.

Enquanto Nan subia a bordo, entre suspiros de ar, ela avisou à tripulação que um grande tubarão-tigre estava rondando as águas ao redor deles.

Mas quando o pulso dela se acalmou, Nan não sentia mais medo.

Na verdade, ela estava empolgada.

Entendendo o que aconteceu, ela percebeu que as baleias estavam tentando salvá-la, não machucá-la.

E como se em resposta, Nan pode ver algo extraordinário na água.

Certificando-se de que ela está bem
Tropeçando nos próprios pés, Nan foi até o corrimão do navio.

Lá, esperando pacientemente, estava a baleia jubarte que ajudou a salvá-la do tubarão.

Parecia que estava preocupado com ela, esperando para ter certeza de que Nan estava bem, antes de retornar ao mar.

Quando viu que Nan estava sã e salva, soltou uma única explosão de água do poço e submergiu mais uma vez sob as ondas.

Nan sentiu que a baleia estava realmente tentando mantê-la segura e se acomodou na popa do barco para observar seu amigo marinho nadar ao longe.

Então, como uma verdadeira cientista, ela começou a contar a experiência.

A Teoria de Nan
Enquanto Nan revisava as imagens das câmeras subaquáticas dela e de seus amigos de mergulho, a do drone e a dela mesma, Nan se convenceu de que ela entendia o raciocínio por trás do estranho e incaracterístico comportamento da baleia.

Nan teorizou que a baleia a manteve perto dela para protegê-la do tubarão próximo.

Isso fazia sentido, considerando o que ela entendia sobre o comportamento das baleias-jubarte - mas era a primeira vez que ela já ouvira falar, quanto mais experimentar, baleias agindo assim com humanos.

Herois do mar
As baleias-jubarte ainda são uma espécie misteriosa e pouco compreendida - mas estão bem documentadas.

Considerando a enorme quantidade de informação que havia sido compilada sobre as jubartes, Nan pôde contextualizar sua experiência.

Em 2016, um estudo compilou mais de 115 casos documentados, com duração de mais de 60 anos, de baleias jubarte trabalhando ativamente para resgatar seus próprios filhotes - mas também membros de outras espécies, incluindo golfinhos e focas.

Ainda assim, o caso de Nan era único.

Caso Inédito
Os pesquisadores estão bastante familiarizados com as jubartes ajudando outros animais em situações perigosas. O ecologista marinho Robert Pitman, por exemplo, certa vez testemunhou uma jubarte arremessando uma foca da água para salvá-lo de um bando de baleias assassinas. Mas o caso de Nan foi especial.

Embora as baleias sejam conhecidas por ajudar outras espécies, este seria o primeiro caso relatado de ajuda a um ser humano.

Mas enquanto Nan tinha certeza de que foi isso que aconteceu, alguns membros da comunidade científica criticavam sua teoria.

Movimentando a comunidade científica
A medida que a história de Nan começou a circular, a comunidade científica ficou dividida.

Alguns acreditavam que a teoria de Nan era a verdadeira explicação para o comportamento da baleia, enquanto outros diziam que era impossível dizer quais eram realmente as intenções da baleia.

Alguns acreditavam que a baleia poderia estar agindo dessa maneira por diferentes razões, e que a presença do tubarão na água podia ser um evento separado.

Ainda assim, Nan permaneceu convencida de que a sua teoria estava correta.

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