Passamos
muito tempo fazendo a coisa certa para as pessoas erradas, sofrendo as
consequências das péssimas escolhas pelo caminho, sofrendo à toa por coisas
inúteis e gente sem conteúdo, alimentando vãs esperanças em relação ao que não
tem a menor chance de vir a acontecer.
Perdemos
muito tempo investindo no vazio, esperando retorno do que não volta, aguardando
sorrisos de quem nem nos olha direito. É preciso focar no que é real, pois,
mesmo que não haja muito de verdadeiro nesses terrenos, esse pouco bastará.
Precisamos
parar de tentar agradar aos ingratos, às pessoas descontentes e incapazes de
receber algo de fora. Existem indivíduos que se encontram por demais fechados
ao acolhimento do que não se encontra dentro deles, do que não faz parte
daquele mundinho em que eles se fecham, presos a crenças e sentimentos que não
mudam, não são repensados, não saem do lugar. Tentar alcançá-los é inútil.
É
necessário evitar a servidão aos folgados, aos aproveitadores, a quem não sai
do lugar por si só, a quem foge a qualquer tipo de responsabilidade, pois sabe
que alguém sempre fará por ele.
Temos
que ter clareza quanto ao que realmente devemos e poderemos tomar para nós, ou
acumularemos cargas de bagagens que não são, nem de longe, relacionadas às
nossas vidas. Muita gente precisa de ajuda, sim, mas muitos precisam é de
vergonha na cara.
Não
podemos nutrir amizades duvidosas, com pessoas que não expressam a menor necessidade
de nós, como se tanto nossa presença quanto nossa ausência fossem a mesma
coisa, algo sem importância, invisível, dispensável.
Nem
todos de quem gostamos irão gostar de nós, o retorno da estima e da afeição
nunca é uma certeza, portanto, há necessidade de que adentremos exclusivamente
os encontros verdadeiros.
Não
é fácil nem tranquilo conseguirmos acertar quanto ao que poderemos regar com a
certeza de retorno e reciprocidade, uma vez que as pessoas, os acontecimentos,
a vida, tudo é imprevisível.
Embora
muito do que acontecerá em nossas vidas não possa ser controlado, mantermos sob
controle nossas verdades e a certeza de que merecemos ser felizes nos tornará
mais fortes diante dos tombos, sem que desistamos de nossos sonhos.
Por Marcel Camargo
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O Leblon pré-novelas do Manoel Carlos.
Contos e crônicas.
O cotidiano do bairro.
Clipper, Pizzaria Guanabara, BB Lanches, Jobi, Bracarense
e outros lugares tradicionais do Leblon
são os palcos dessas histórias.
A Casa Encantada
Contos do Leblon
Edmir Saint-Clair
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