google.com, pub-7436220793694599, DIRECT, f08c47fec0942fa0 Cult Mente: AQUECIMENTO GLOBAL E CONFUSÃO MENTAL – Edmir Saint-Clair

AQUECIMENTO GLOBAL E CONFUSÃO MENTAL – Edmir Saint-Clair

Sou absolutamente leigo em meteorologia, 
como 99% da população.  Ou seja, presa fácil 
para os “entendidos” em climatologia.

Entretanto, não sou dado a teorias da conspiração. Meu argumento para desacreditar firmemente de conspirações fantásticas é que não existem segredos que não sejam violados por um bom punhado de dólares. Dessa forma, quando mais fantásticas as teorias conspiratórias, maior o volume de dólares necessários para calar os depositários desses supostos segredos. Pouco provável que algum desses seres humanos que “sabem” sobre essas verdades escondidas resistissem a essas gordas quantias que esses segredos lhes valeriam. Ou, ao poder que a f ama da revelação lhes traria. Estamos falando de dois dos mais poderosos corruptores da alma humana: dinheiro e fama (o que somados criam o poder de construir uma vida de confortos e vaidades.) Poucos resistem a essas tentações.

Não digo que não existiram ou existam algumas conspirações verdadeiras e orquestradas por poderosos capazes de calar os inconfidentes com dinheiro ou de outra forma tão eficaz quanto mais sinistra. Com certeza existem. Outra certeza é que, sobre essas, nada sabemos e não saberemos ainda por um tempo. Mas, a história é implacável e poucas resistiram ou resistirão ao crivo das futuras gerações.

Além de tudo isso, prezo muito minha sanidade mental e procuro selecionar minhas escorregadas.

O primeiro crivo que uso é minha experiência pessoal, meu conhecimento empírico.  E aí, começo meu assunto nessa crônica: em que e em quem acreditar sobre as informações com relação ao suposto aquecimento global?

Fica muito difícil formar uma opinião quando somos leigos e ouvimos e vemos informações contraditórias sobre o assunto.

A imagem de uma geleira derretendo é sempre impressionante, ainda mais quando se trata de enormes montanhas de gelo despencando na frente da camera.
Impressiona qualquer um. Se colocar uma locução dramática e uma trilha sonora emocionante, fica praticamente impossível não correr para apagar o primeiro fósforo que virmos aceso. Somos assim por natureza, impressionáveis, principalmente, por imagens.

Poluição e mamíferos ruminantes produzindo gazes que causam efeito estufa, incêndios na Amazônia, na Austrália e outros lugares do globo. Isso está acontecendo verdadeira e inegavelmente.

Para mim, a experiência pessoal é um componente importante para que eu possa ter uma opinião formada sobre qualquer assunto. Até na metodologia científica a observação feita pelo indivíduo é fundamental e um passo importante na construção de uma teoria científica sólida. O empirismo é, durante toda história humana, um elemento fundamental que possibilitou descobertas e avanços significativos em todos os segmentos.

Aqui, o exemplo é o verão de 2020 no Rio de Janeiro. Hoje, quinta-feira, dia 27 de fevereiro de 2020, a temperatura durante o dia está na casa dos 23 graus.  Definitivamente, isso não é comum no nosso verão que conheço há mais de 50 anos! Nesse momento, enquanto escrevo esta crônica a temperatura é de 22 graus, às duas da tarde.

Do jeito que tudo está polarizado, principalmente no Brasil, está muito difícil adotar uma opinião esclarecida  sobre qualquer coisa. Para isso, é necessário ter um conhecimento pessoal suficiente para não depender de outros para se formar algum tipo de convicção. E, essa confusão informativa também alcançou as discussões climáticas de uma forma avassaladora. Fica muito difícil acreditar numa teoria que diz que nunca foi tão quente quanto agora enquanto tenho que colocar uma camisa em pleno verão carioca porque estou sentindo certo frio. A previsão para a noite é de 19 graus, mais baixa do que os 20 graus que costumo colocar no meu ar-condicionado no verão da minha cidade que conheço desde que nasci. Não é uma impressão, é uma experiência pessoal e compartilhada com toda a população. Está acontecendo agora. E, a experiência vivenciada é um importante fator para a formação de uma convicção pessoal sobre qualquer assunto. É a realidade tangível.

Está praticamente impossível saber em que e em quem acreditar. Isso causa uma incomoda sensação de insegurança e de confusão mental.

Alguma coisa não está batendo nos discursos climáticos. Gostaria muito de ter conhecimento suficiente para entender o que está acontecendo de verdade. Mas, como sempre, a coisa mais difícil de conseguir sobre qualquer assunto, hoje, é a verdade. Aquela saudosa verdade científica na qual todos acreditavam e que estava acima de qualquer suspeita por ser produzida por cientistas idealistas e sérios que, para preservar suas reputações e dignidade, se mantinham a distância das políticas partidárias. Claro que isso é puro romantismo barato, a corrupção existe desde que o mundo é mundo. O que mudou foi, nada...

No Brasil, está verdadeiramente impossível de se situar sobre qualquer assunto, os científicos inclusive.

Num país de ignorantes, a ciência é filha bastarda e feia. Não tem pai nem mãe. Apenas uns abnegados que ainda não foram embora ou que não tiveram suas verbas de pesquisa suspensas.

Quem é “Lula livre” acredita e defende o aquecimento global e veste camiseta da Greta Thumberg, quem é “Bozo” desacredita com a mesma convicção, só que fazendo arminha com a mão. Ou seja, para quem deseja verdade científica, desses matos não sairão animal algum.

As mídias sociais, hoje, fazem o papel do que antes chamávamos de sabedoria popular boca a boca. Por isso, encerro parafraseando postagens no Facebook :
Se você não está completamente confuso sobre as mudanças climáticas é porque está totalmente desinformado.



     

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O Leblon pré-novelas do Manoel Carlos.

Contos e crônicas.
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 Clipper, Pizzaria Guanabara, BB Lanches, Jobi, Bracarense
e outros lugares tradicionais do Leblon
são os palcos dessas histórias.
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Edmir Saint-Clair
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"As primeiras festinhas foram na AABB, Monte Líbano e Caiçaras, na Lagoa. As inesquecíveis foram no Clube Leblon e no Clube Campestre. Na saída bom era comer na Pizzaria Guanabara que tinha uma pizza calabreza deliciosa e vendia pedaços no balcão."