Produção, que estreia em abril de 2019,
aborda a vida e a
obra do quadrinista brasileiro
Antes de criar Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão, o
quadrinista Mauricio de Sousa foi repórter policial do jornal Folha de S.
Paulo. Foi lá que ele começou a desenhar tirinhas, dando vida a personagens
como Bidu e Franjinha. Com o sucesso, passou a elaborar cada vez mais histórias
em quadrinhos, que foram ganhando o Brasil e o mundo com gibis, televisão, o
cinema, produtos e até parques de diversões.
Toda a trajetória é contada no documentário Bios. Vidas que Marcaram a Sua, do canal National
Geographic, que estreia em abril, às 21:00. O lançamento ocorre
simultâneamente no Nat Geo App. Com
uma hora e meia de duração, o filme narra a infância, casamentos, relação com os
filhos e negócios de Sousa.
A apresentação fica por conta de Fábio Porchat, humorista que não esconde sua admiração de fã.
"Fiquei emocionano durante todo o processo e feliz, pois via a minha
própria vida", ele diz. "Foi muito bonito ter passado tanto tempo com
Sousa e ver o império que criou."
Para quem cresceu lendo os gibis da Turma da Mônica, ou acompanha o suceso da turminha nas mídias
atuais, o grande feito do filme é resgatar as lembranças próprias que temos com
os personagens criados por Sousa.
No
documentário, Porchat acompanha Sousa em locais marcantes, como a
primeira casa que o desenhista morou e a escola onde estudou, ambas em Mogi das Cruzes, em São Paulo. Eles
também visitam o prédio da Mauricio de Sousa Produções e o atual Parque da Mônica, ambos na capital
paulista.
Aos 83 anos, Sousa é pais de dez filhos, que falam no
documentário sobre a relação pessoal e profissional que cultivam com a figura
paterna. A exceção é Maurício Spada e Sousa, que morreu aos 44 anos em 2016.
Este fato, aliás, é um dos poucos momentos delicados da sua vida que ficam de
fora da produção.
O filme aborda a morte trágica de uma de suas ex-esposas,
questionamentos sobre representatividade de seus personagens, e os problemas
financeiros que levaram ao fechamento
dos primeiros parques da Mônica em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.
O documentário ainda conta com relatos e histórias de
pessoas que conviveram com Sousa. É caso da Dona Dita, a avó que o renegou
quando nasceu, Sergio Graciano, arte-finalista que trabalhou com o desenhista
por anos, e até Xuxa, a apresentadora.
E claro, os personagens reais que inspiraram os desenhos:
Luiz Carlos da Cruz, que influenciou na criação de Cebolinha, e seus próprios
filhos – Mônica, Magali, Mariângela (Maria Cebolinha), Marina, Mauro (Nimbus),
Maurício Takeda (Do Contra), Marcelo (Marcelinho), Vanda e Valéria.
"Quase tudo que eu falei no documentário é verdade,
mas faltam algumas coisas", brinca Sousa. "Tudo que criamos e fazemos
é para atingir o nosso público alvo, que é a criança e a família."
De fato: a National
Geographic acerta ao equilibrar o lado humano, artista e empresário de
Sousa. Ele, inclusive, é o primeiro brasileiro a ser retratado na produção
Bios., que já homenageou outras personalidades como Charly García, Gustavo
Cerati e Alex Lora.
POR NATHALIA FABRO
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