Trabalho ajuda na compreensão da fisiologia,
da
sensorialidade e dos mecanismos de dor da pele.
Neurônios sensoriais são responsivos a substâncias
químicas.
Pela primeira vez, pesquisadores brasileiros conseguiram
desenvolver, em laboratório, neurônios sensoriais funcionais responsivos a
substâncias químicas que causam irritação nos seres humanos.
A partir da reprogramação celular, foram cultivados
neurônios em condições semelhantes àquelas encontradas na fisiologia humana,
com a presença de queratinócitos (células da pele). A comunicação entre dois
tipos de células e a liberação de substâncias produzidas pelos queratinócitos
permitiu o desenvolvimento in vitro e a maturação dos neurônios sensoriais.
Publicado na revista Frontiers in Molecular Neuroscience,
o trabalho ajuda na compreensão da fisiologia, da sensorialidade e dos
mecanismos de dor da pele. Os neurônios sensoriais recém-criados têm
características específicas dos queratinócitos, incluindo a detecção de
estímulos dolorosos e a produção de compostos químicos responsáveis por
transmitir sinais de dor ao cérebro.
A pesquisa foi realizada por cientistas do Instituto D’Or
de Pesquisa e Ensino (IDOR) e da L’Oréal R&I, em parceria com a
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
“Uma possível aplicação dessa metodologia é estudar como
esses neurônios atuam em doenças como a dor crônica, que afeta milhões de
pessoas no Brasil e no mundo. Há também um grande potencial para o estudo de
medicamentos analgésicos e ansiolíticos”, disse em comunicado Stevens Rehen,
pesquisador no IDOR e na UFRJ.
“O resultado vai nos permitir, por um lado, aprofundar
nosso conhecimento de uma componente chave da fisiologia da pele, que era
difícil de compreender na ausência dessas células, e, por outro, desenvolver
pele humana reconstruída capaz de prever melhor a neuroinflamação", falou
Charbel Bouez, diretor de pesquisa avançada da L’OREAL R&I America.
Fonte: Revista Galileu
Fonte: Revista Galileu
______________________________
Nenhum comentário:
Postar um comentário