Entre o sono e a vigília existe uma outra dimensão pela
qual passamos todos os dias quando adormecemos.
Geralmente, a transpomos em milionésimos de segundos. Um átimo entre estar desperto e adormecido. Uma região desconhecida. Outra dimensão, onde não somos. Onde não há tempo, há apenas a eternidade. Todos os dias passamos pela eternidade.
Geralmente, a transpomos em milionésimos de segundos. Um átimo entre estar desperto e adormecido. Uma região desconhecida. Outra dimensão, onde não somos. Onde não há tempo, há apenas a eternidade. Todos os dias passamos pela eternidade.
Aquela sensação de estar caindo e acordar assustado
durante a queda é entrar no entre, é
demorar-se demais sem atravessá-lo e escorregar de volta. É a sensação forte da
presença de alguém que nos faz resvalar de volta e acordar com a sensação de
estar perdido. É adormecer abraçado a quem se ama e prolongar aquela sensação de
êxtase que se confunde com o sonho.
O sonho com alguém que se foi não é sonho. Porque no
entre não existe tempo.
A mente humana é capaz de criar sua própria realidade. A
ponto de não podermos afirmar, com absoluta certeza, que o mundo que vemos é
real ou uma mera idealização pessoal balizada pelas crenças culturais, religiosas
e milhares de outros vetores e variáveis. O mundo pode ser somente a nossa
versão, individual. E, é muito provável que seja.
Uma das mais novas teorias a respeito de vida após a
morte encara corajosamente o tema. Essa teoria parte do pressuposto que a realidade da
mente é criada por ela própria, portanto, ela pode criar seu próprio
infinito, sua própria eternidade, já que é capaz de criar um tempo próprio.
No sonho, o tempo passa de forma completamente distinta da vida real. Verdadeiras sagas são “vividas”
(sonhadas) no espaço de um par de horas. Nos sonhos, distâncias geográficas são transpostas sem nenhum respeito às leis conhecidas da física.
Há quem afirme que a vidência, a psicografia e outros
fenômenos possam acontecer com pessoas que conseguem parar nesse espaço entre.
Nessa outra dimensão onde não existe tempo. Onde a mente não precisa do
corpo. Onde as almas se encontram.
Se nossa mente consegue criar uma realidade tão real
e, ao mesmo tempo, transgredir a noção de tempo tão facilmente, poderia perfeitamente
criar uma eternidade própria. É sabido que no momento anterior a morte, já
descrita inúmeras vezes por pessoas que estiveram nesse limite, até a paralisação
total da vida nas células do corpo, transcorrem muitas horas. Nesse ínterim é
perfeitamente possível que nossa mente crie e "viva" a própria eternidade.
Se em sua mente, de acordo com suas crenças profundas,
você foi fiel a si mesmo, ao que acredita, sua mente irá “fabricar” sua
eternidade de acordo com essa visão e conceito que tem de si mesmo. É o seu
julgamento final e o juiz é você mesmo. Se você acredita profundamente que irá encontrar
um ente querido quando morrer, provavelmente, você encontrará.
Por isso, é melhor cuidarmos de nossas mentes, de nossas
eternidades. De nossa autoestima. É ela que vai criar nosso inferno ou nosso
paraíso, no qual viveremos essa última etapa, a nossa eternidade. O que nossa mente acredita, as crenças mais profundas sobre si mesmo e a visão positiva das próprias atitudes durante a vida, são as matérias primas com as quais será construída a eternidade de cada um. Construir nossas mentes para que, no
momento certo, ela possa construir o próprio paraíso, pessoal e intransferível,
é nosso maior desafio.
No último momento de vida são nossas mentes que irão
construir o lugar onde viveremos nossa eternidade. Cada um a sua, pessoal e
intransferível.
O Leblon pré-novelas do Manoel Carlos.
Contos e crônicas.
O cotidiano do bairro.
Clipper, Pizzaria Guanabara, BB Lanches, Jobi, Bracarense
e outros lugares tradicionais do Leblon
são os palcos dessas histórias.
Contos do Leblon
Edmir Saint-Clair
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