Será que é tão difícil falar e ouvir a verdade?
Ou será que antes de responder a essa perguntar, não devamos perguntar o que cada
um considera como uma verdade?
Em
99,9% das vezes, “verdade” pode significar apenas a sua interpretação sobre um
evento, nesse caso, você está dando nome errado a essa entidade a qual está chamando
de “verdade”.
Interpretar atitudes de
outras pessoas, a partir dos seus valores, pode ter qualquer nome menos
Verdade. Pode até ser uma crítica sincera e bem intecionada. Mas, pode ser a simples, mas, humana,
antipatia, grosseria, sinceridade e até um xingamento. Pode ser, também, um
corajoso gesto de amor. De preocupação, de interesse e de carinho. Uma preocupação e amor extremos, onde alguém se
arrisca a perder uma pessoa querida em benefício dela mesma. Amizade envolve
altruísmo. Amor envolve altruísmo.
Mas, o que está acontecendo não
é isso. Definitivamente, essa última opção é a atitude mais rara, hoje.
Geralmente, quando alguém pergunta – “Quer que eu te diga a verdade?” ou,
travestido no já um pouco ultrapassado “Pronto, falei!”, pode ter certeza que lá vai,
simplesmente, uma opinião embrulhada em ressentimento recalcado ou agressividade,
pura e feia.
São poucas as certezas que podemos
ter.
A de que a Terra é redonda é uma delas. A chuva molha, o sol aquece, o dia
nasce e noite sempre vem. Mesmo assim, essas certezas só existem se
considerarmos que cada um as verá e viverá de uma maneira totalmente única, em
todos e com todos os sentidos.
O
resto todo é simplesmente uma percepção muito pessoal, de algum evento muito
peculiar, que aconteceu ou está acontecendo com você. E, só com você.
Portanto,
se estivermos realmente dispostos a falar e ouvir qualquer coisa mais próxima
de verdades construtivas e que valem a
pena serem ditas e ouvidas, só temos
uma opção: praticar muito, e todos os
dias, em frente ao espelho.
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