Sempre estivemos presos,
sempre cada um em si
Faz parte da nossa história
Faz parte da nossa história
Presos as imagens, rótulos,
marcas da futilidade
Da vida baldia que foge de si
Da vida baldia que foge de si
Da inutilidade que não faz
sentido, do que não tem alma
Aconchego real são os
outros, abraços trocados
São toques, são risos, são
cheiros,
É o calor de janeiro bronzeado na pele
É o calor de janeiro bronzeado na pele
São muitas coisas ao mesmo
tempo
Transformando o tempo em arte
Transformando o tempo em arte
Que é tudo que resta a fazer
Porque o resto é o nada mais
Porque o resto é o nada mais
O nada, a única coisa na qual nos transformaremos
É isso que o tempo nos joga de volta na cara
Nós mesmos, mal passados,
atados, marcados
Como os dedos do tapa que nunca
mais sai
Que entranha, esculpindo sulcos
na face
Mostrando que nada detem o
tempo
A não ser a própria arte.
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O Leblon pré-novelas do Manoel Carlos.
Contos e crônicas.
O cotidiano do bairro.
Clipper, Pizzaria Guanabara, BB Lanches, Jobi, Bracarense
e outros lugares tradicionais do Leblon
são os palcos dessas histórias.
A Casa Encantada
Contos do Leblon
Edmir Saint-Clair
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